terça-feira, agosto 21, 2007

Torre do Alamo


A Torre do Álamo, é o monumento mais enigmático deste Concelho, aquele que gerou mais polémica e disputa da sua pertença entre as freguesias de Cano e Casa Branca, pois ambas o reclamam como património da sua Freguesia. A Torre do Álamo ou Torre de Camões, assim designada pela tradição popular, é o símbolo da vontade de preservar uma identidade e uma história. Situa-se na Herdade do Álamo, uma propriedade privada e pertença de uma família de apelido Peres. Através da observação das Cartas Coreográficas de Portugal, do Instituto Português Geográfico e Cadastral, ou pelas fotografias aéreas fornecidas pelo Instituto Geográfico do Exército, é possível situar geograficamente o monumento e verificar ao mesmo tempo, que este está situado dentro dos limites territoriais da Freguesia de Casa Branca. A sua arquitectura demonstra ser de finais do séc. XV, já com influências renascentistas, visíveis nas paredes interiores. Pela sua altura, localização e aspecto, denota ter sido um edifício com funções militares, tipo “Atalaia”, que permitia uma melhor comunicação entre Avis e Estremoz, importantes centros militares da época. Está a Torre do Álamo, situada em ponto estratégico e dela é possível ver a Torre de Menagem do Castelo de Estremoz, e também o Castelo de Évoramonte. Fala-se também que a Torre do Álamo, pertenceu à família do grande poeta Luís Vaz de Camões.

5 comentários:

Anónimo disse...

Caros Albidomenses,
face à polémica instalada acerca da nossa soberania sobre a Torre do Álamo, e antes que a coisa descambe numa Faixa de Gaza entre Casa Branca e o cano, à semelhança do saudoso e oportuno arame que em tempos marcava a fronteira entre os dois territórios, proponho que se forme o Movimento Estratégico de Resgate e Defesa do Alamo.
conto convosco...

Anónimo disse...

Os Lusíadas
Canto I,12

Bem Definido-Tom Proféctico
(assim escrito no original)




1. As Armas e os barões assinalados
2. Daqueles Reis que foram dilatando
3. Cessem do sábio Grego e do Troiano
4. Tendes em mi um novo engenho ardente,
5. Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
6. Da Lusitana antiga liberdade,
7. Vós, tenro e novo ramo florescente,
8. O Sol, logo em nascendo, vê primeiro;

9. Inclinai por um pouco a magestade,
11. Ouvi: que não vereis com vãs façanhas,
13. Ou de César, quereis igual memória,
10. De prémio vil, mais alto e quase eterno;
12. Por estes vos darei um Nuno fero,
15. Que, da Ocidental praia Lusitana,
14. Nem deixarão meus versos esquecidos
16. E também as memórias gloriosas

17. As navegações grandes que fizeram;
18. E vós, Tágides minhas, pois criado
19. E não de agreste avena ou frauta ruda,
20. E vós, ó bem nascida segurança
21. De uma árvore, de cristo mais amada
22. Vós, poderoso Rei, cujo alto Império
23. Que neste tenro gesto vos contemplo,
24. Vereis amor da pátria, não movido

25. Fantásticas, fingidas, mentirosas,
26. Que fez ao Rei e ao Reino tal serviço,
27. Pois, se o troco de Carlos, Rei de França,
28. Aqueles que, nos Reinos lá da Aurora,
29. Por mares nunca dantes navegados
31. Cale-se de Alexandre e Trajano
30. De África e de Ásia andaram devastando,
32. Foi de mi vosso rio alegremente,

33. Mas de tuba canora e belicosa,
34. De aumento da pequena Cristandade,
35. Que nenhuma nascida no Ocidente,
36. E, quando desce, o deixa derradeiro;
37. Que já se mostra qual na inteira idade,
38. Por um pregão do ninho paterno.
39. Louvar os vossos, como nas entranhas
40. A cítara para eles só cobiço;

41. Vede o primeiro Afonso, cuja lança,
42. Vossa bandeira sempre vencedora:
43. Passaram ainda além da Taprobana,
44. A Fé, o Império, e as terras viciosas
45. Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
46. Se sempre, em verso humilde, celebrado
47. Dai-me igual canto aos feitos da famosa
48. E não menos certíssima esperança

49. Vede-o no vosso escudo, que presente
50. Vê-o também no meio do Hemisfério,
51. Os olhos da real benignidade
52. Que não é prémio vil ser conhecido
53. As verdadeiras vossas são tamanhas,
54. Um Egas e um Dom Fuas, que de Homero
55. E aquele que a seu Reino a segurança
56. Se fizeram por armas tão subidos,

57. Em perigos e guerras esforçados
58. Se vão da lei da Morte libertando:
64. Do torpe Ismaelita cavaleiro,
59. A fama das vitórias que tiveram;
62. Maravilha fatal na vossa idade,
63. Cesárea ou Cistianíssima chamada,
60. Um estilo grandíloquo e corrente,
61. Que o peito acende e a cor ao gesto muda.


65. Quando subindo ireis ao eterno Templo;
66. Daqueles de quem sois senhor superno,
71. Mais do que prometia a força humana,
67. Musas, de engrandecer-se desejosas:
70. Almeidas, por quem sempre o Tejo chora,
72. E aqueles que por obras valorosas
68. Os Doze de Inglaterra e o seu Magriço;
69. Escura faz qualquer estranha glória;

73. Cesse tudo o que a musa antiga canta,
74. Dai-me agora um som alto e sublimado,
75. Que se espalhe e se cante no Universo,
76. Vós, ó novo temor da maura lança,
77. Na qual vos deu por armas e deixou
78. Vós, que esperamos jugo e vitupério
79. De amor dos pátrios feitos valorosos
80. Ouvi: vereis o nome engrandecido

81. Que excedem Rodamonte e o vão Rugeiro
82. Pois pelos Doze Pares dar-vos quero
83. Outro Joanne, invicto cavaleiro;
84. Um Pacheco Fortíssimo e os temidos
85. E outros em quem poder não teve a morte.
86. Deixou, com a grande próspera vitória;
87. Que para si de Eneias toma a fama
88. Que excendem as sonhadas fabulosas;

89. Se ser do mundo Rei, se de tal gente.
90. Ponde no chão: vereis um novo exemplo
91. Que ainda bebe o licor do santo Rio
92. Vos amostra a vitória já passada,
93. Para do mundo a Deus dar parte grande.
94. Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
95. Que não tenham inveja às de Hipocrene.
96. A quem Neptuno e Marte obedeceram.

97. Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
98. Albuquerque terríbil, Castro Forte,
99. O quarto e quinto Afonsos e o terceiro.
100. Dou-vos também aquele ilustre Gama,
101. E Orlando, inda que fora verdadeiro.
102. E julgareis qual é mais excelente,
104. Do Turco Oriental e do gentio
103. Em versos divulgado numerosos.

105. As que Ele para Si na Cruz tomou;
106. Dada ao mundo por Deus, que todo o mande,
107. Se tão sublime preço cabe em verso.
108. Por que de vossas águas Febo ordene
109. Que outro valor mais alto se alevanta.
110. Cantando espalharei por toda a parte,
111. Novo Reino, que tanto sublimaram;
112. E entre gente remota edificaram


Luís de Camões

Anónimo disse...

antecipem apenas o verso 18 ao verso 17 e assim se obtem a narração de uma viagem por navegação muito mais antiga do que aquelas que os portugueses fizeram!

Anónimo disse...

e coloquem ainda o verso 19 a seguir ao verso 21 e assim se obtem o relato de um nascimento que a História não registou em tempo algum, apenas agora aqui com claridade tornado Albino.

rosa disse...

Sem esperar e querer,visitei a Aldeia onde nasci (Casa Branca).
Gostei imenso,dou-lhe os meus sinceros parabéns ,por tal idéia.
Lá nasci e vivi até aos 12 anos.Sinto imensas saudades, não de agora ,mas do tempo em que lá vivi,porque agora nada conheço,ou melhor ,pouco conheço A ultima vez que lá fui,foi há 5 anos ,quando do funeral dum irmão meu,talvez conheça:Júlio Carrilho. Ainda lá tenho primas a quem por vezes telefono.As imagens estão lindas mas só reconheço p poçp largo e claro a Igreja e irei seguir o seu blog